A Opera Software está preparando um recurso de proteção antifraude e antiphishing para integrar a próxima versão (9.1) de seu navegador Opera. O novo recurso será semelhante aos oferecidos nos navegadores concorrentes Firefox 2.0 e Internet Explorer 7, da Fundação Mozilla e Microsoft, respectivamente, embora funcione de maneira um pouco diferente.
Anteriormente, o Opera exibia avisos relacionados a endereços e certificados SSL fraudulentos, mas agora o programa irá verificar ativamente se o site é confiável ou se é uma fraude conhecida. Ou seja, quando o usuário visita um site pela primeira vez, o navegador se conecta a um banco de dados operado pelo Opera e obtém as informações.
De acordo com o site BetaNews, se o site é conhecido, um "i" será mostrado ao lado da barra de endereços. Caso seja desconhecido, o usuário verá um "?". Porém, se for uma fraude, uma mensagem de alerta será mostrada e tentará evitar que o usuário se conecte, advertência que poderá ser desconsiderada pelo usuário, abrindo o acesso ao site, caso o mesmo assim deseje.
Para o Firefox 2.0, uma lista negra de sites será armazenada localmente, embora os usuários também possam optar por uma proteção que verificará fraudes em tempo real, aproveitando informações de um banco de dados mantido pelo Google e por outras empresas de segurança. Representantes do Opera disseram ter escolhido como padrão a proteção em tempo real porque muitos ataques phishing duram pouco tempo e poderiam não constar em uma lista negra armazenada localmente. Entretanto, afirmam que o recurso pode até mesmo ser desabilitado pelo usuário.
A empresa também tenta acalmar aqueles que estão preocupados com a privacidade, afirmando que o navegador enviará apenas as informações mínimas necessárias para verificar se um site é fraudulento. "Nós não guardamos em nosso servidor informações que nos permitam rastrear indivíduos. Endereços IP são descartados e não usamos cookies ou outras informações de sessão. Nenhuma informação é encaminhada diretamente para terceiros, toda a comunicação acontece dentro de nossos próprios servidores", informou a empresa em seu blog.
A Opera utiliza um banco de dados de sites criado pela GeoTrust, empresa recentemente adquirida pela VeriSign. Atualmente, a GeoTrust (geotrust.com) oferece uma barra para o navegador que ativa uma função similar de verificação antifraudes.
O site ArsTechnica diz que as novas ferramentas ajudarão, porém se mantém cético quanto a uma grande redução na incidência de fraudes, já que a maior parte das pessoas, especialmente as que são potencialmente vulneráveis a este tipo de golpe, não possuirão as versões mais recentes dos navegadores.
Os temidos golpes de phishing e outros sites fraudulentos continuam a ameaçar boa parte dos internautas. O Anti-Phishing Working Group declarou em setembro de 2006 que o número de fraudes online aumentou para 14.191, um novo recorde, abrangendo ataques normalmente direcionados a clientes de bancos online, provedores e até mesmo agências governamentais.