Carros que se dirigem - até mesmo estacionam no seu destino - podem estar prontos para venda dentro de uma década, disseram os executivos da General Motors. Fornecedores de partes da GM, engenheiros de universidades e outros fabricantes estão trabalhando na construção de veículos que irão revolucionar viagens de curta e longa distância. Na terça-feira, Rick Wagoner, CEO da empresa, vai falar sobre carros sem motorista em seu discurso na CES. "Isto não é ficção científica", disse Larry Burns, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da GM, em uma recente entrevista. Os obstáculos mais significantes em relação aos veículos podem ser humanos e não técnicos: regulação governamental, leis, preocupação com privacidade e a paixão das pessoas pelo automóvel e o controle que ele as dá. Muito da tecnologia já existe, controle de percurso baseado em radar, sensores de movimento, dispositivos que avisam quando se vai trocar de faixa, controle de estabilidade e mapeamento digital baseado em satélite. E veículos automatizados melhorariam dramaticamente a vida na estrada, reduzindo acidentes e congestionamentos. Se as pessoas estiverem interessadas. "Agora a questão é o que a sociedade quer fazer com isso", disse Burns. "Você está se referindo a congestionamento, segurança, energia e emissões. Tecnicamente não deveria haver razão pela qual não pudéssemos nos transferir para um mundo totalmente diferente", diz. A GM tem planos de usar um chip de computador barato e uma antena para ligar veículos equipados com tecnologias sem motorista. O primeiro uso do serviço seria em estradas; as pessoas teriam a opção de ligar o piloto automático enquanto ainda poderiam controlar o veículo em ruas, disse Burns. Ele disse que a empresa pretende testar a tecnologia até 2015 e ter os carros na rua em 2018. |