Há algum tempo venho percebendo que a discussão ao redor do tema “Web 2.0” vem esquentando. Existem basicamente duas correntes que defendem ferozmente seu ponto de vista, as do que acreditam que a “Web 2.0” é a revolução da Internet e a daqueles que não acreditam, acham que o termo é apenas mais um Buzzword.
Felizmente existe uma corrente, menos passional, que tem outra crença a respeito da “Web 2.0”. Não crêem nem na capacidade milagrosa de revolução, tampouco esbravejam sua revolta em torno do conceito. Concordam que a Web 2.0 é a evolução natural de um processo que se iniciou desde a criação da internet.
Sinceramente, sou adepto dessa última tribo.
Concordo com os chamados evangelistas da Web 2.0, como Tim O´Reilly, John Battelle, Vicent Cerf e muitos outros. A “Web 2.0” é simplesmente o rótulo de uma série de conceitos que perduraram e evoluíram. Claro, novos conceitos vão aparecendo e enriquecendo o conceito.
O aumento no número de usuários apenas acelera a evolução, totalmente natural, não só da “Web 2.0”, mas da internet como um todo. Assim como Darwin teorizou na evolução dos seres podemos observar na internet, os que antes eram vários organismos unicelulares agora são pluricelulares. Os que se adaptam evoluem, os que estagnam desaparecem.
No início a Web era um organismo unicelular, onde projetos isolados trabalhavam praticamente independentes, a partir do momento que os projetos começam a convergir a “Web 2.0” existe. O usuário pioneiro não participava porque não tinha como participar. Com a propagação de blogs, wikis, comunidades e afins os internautas tiveram a chance de expor suas idéias.
Não podemos esquecer que, mesmo que por coincidência, foi após o surgimento do conceito de “Web 2.0” que o fluxo comunicativo começou a ser remodelado e a democratização da informação prosperou, como eu já escrevi antes. Assim como, o fenômeno da viralidade, afinal são nos sites colaborativos como Youtube, Orkut e outros que as mensagens se propagam de forma incontrolável e em poucos dias, ou até mesmo horas, atingem milhões de indivíduos.
Dessa forma, concluo que são, na melhor das hipóteses, míopes aqueles que vangloriam ou condenam a “Web 2.0”. Certamente ela tem, e sempre terá, um grande valor para a história da internet e da comunicação, sem demagogia ou hipocrisia.
Fonte: http://www.meiobit.com/