Atualmente, as diversas correntes de pensamento que dizem respeito aos modelos de educação reforçam a necessidade de crianças e adolescentes terem privacidade e autonomia, como forma de se tornarem cidadãos críticos e responsáveis dentro da sociedade.
Apesar disto, cada vez mais fica claro, para nós pais, a importância da nossa participação e supervisão das atividades do dia a dia dos nossos filhos, pois a mesma tecnologia que trás vantagens sem precedentes no desenvolvimento cognitivo pode, também, trazer dissabores pelo uso incorreto ou pouco criterioso, dado até a ingenuidade característica da idade. Além disto, a inclusão digital, tanto Brasil quanto no restante do planeta, é tão abrangente que trouxe também a criminalidade. Então, o que devemos fazer diante dos acontecimentos que vêm tomando, cada vez mais, destaques na mídia, no que diz respeito à segurança na Internet? Será que basta conhecer um pouco de informática e saber que seus filhos se relacionam com pessoas as quais são, na maioria das vezes, estranhas ao seu convívio? Será que apenas aquele discurso "olha lá o que você vai fazer na Internet", é suficiente para que eles usem a tecnologia verdadeiramente em seu favor?
Realmente parece que não. Sobre isto, os próprios noticiários tem mostrado que ter algum conhecimento ou ter algum discurso mais
imperativo com os filhos não resolve. Sei disto porque, como profissional da área, venho acompanhando, há anos, verdadeiros
desastres na Internet, no que diz respeito ao uso de programas de entretenimento. Durante os últimos anos trabalhando numa grande organização, vi um pouco de tudo: casamentos desfeitos, pessoas que foram demitidas por justa causa, na grande maioria das vezes por usarem a Internet para satisfazer desejos mórbidos ou disfarçar a personalidade. O que antes era um problema para as empresas, hoje é para as famílias em geral, graças a forte penetração da Internet nos lares. E quando falo disto seu bem o que estou dizendo, pois além da
experiência profissional, tenho uma criança na fase pré-adolescente, e que usa o computador desde os 9 meses de idade.
Será então que mais importante que toda a técnica empregada, participar mais ativamente seria a melhor saída como forma proteger melhor a sua família? Se for esta uma possível resposta, como fazer isto?
É fato, e até normal, que a maioria dos pais tem menos conhecimento técnico do que seus filhos. Portanto, parece ser um bom início ter seu filho como o seu professor de informática. Ele certamente domina mais a técnica, mas é você quem tem mais experiência de vida e poderá ter
um discernimento melhor sobre qualquer situação instaurada.
Como a Internet é uma grande comunidade mundial cujo controle é praticamente inexistente, nela circulam todo e qualquer tipo de informação, inclusive aquilo que você nem imagina que possa existir. Portanto, é muito provável que seu(ua) filho(a) acabe, sem querer, acessando material impróprio para a idade, mesmo ao tentar fazer uma pesquisa inocente relacionada aos seus estudos. E embora existem mecanismos de busca na Internet que filtram conteúdo impróprio para menores de 18 anos, estes mecanismos nem sempre conseguem eliminar todo material indesejável.
Assim, parece mesmo que é importante que pais e educadores sejam tão bons usuários de Internet quanto as crianças, ou que pelo menos que conheçam os riscos e formas de acompanhar e conduzir à solução de possíveis situações desagradáveis.
Para mais informações visite o site do autor: www.palestrainternet.com.br