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O Conceito da Arte

Enviado em 15/12/2006 - 06:38
Fonte: A A A A

É prudente começar um reflexo sobre o que é arte na cultura contemporânea por uma interrogação a respeito da própria definição mesma da arte.

Na sociedade contemporânea, é a própria cultura que decide qual objeto é arte e qual não é. O objeto em si não carrega essa definição. A arte não pode ser explicada, ela não precisa ser explicada, tudo pode ser arte basta às pessoas quererem que seja, o que vai mudar é o fato de gostar ou não. Mas para dar mais clareza ao assunto é válido tentar um breve conceito, pois a quebra dos conceitos faz com que surjam mais conceitos; a arte são certas manifestações da atividade humana diante de uma admiração que irá classificá-la como arte e que irá submetê-la a um juízo, privilegiando-as, pois cada um possui e dá valores diferentes a ela.

Segundo o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, segunda edição), em duas de suas manifestações da palavra arte assim se expressa:

atividade que supõe a criação de sensações ou de estados de espírito, de caráter estético, carregados de vivência pessoal e profunda, podendo suscitar em outrem o desejo de prolongamento ou renovação...; a capacidade criadora do artista de expressar ou transmitir tais sensações ou sentimentos...

Segundo Jorge Coli no livro “O Que é Arte” para definir o que é ou não arte a cultura possui instrumentos específicos que conferem ao objeto o estatuto de arte, um deles é o discurso sobre o objeto artístico, uma análise crítica de um especialista em arte que tem competência e autoridade para julgá-la arte ou não e a partir de seus conhecimentos pode classificá-la por diferentes estilos.
Para Jacques Leenhardt em “Duchamp, crítica da razão visual”,

... a crítica deve partir da evolução das próprias artes, da atitude dos artistas ou daquilo que poderia chamar de sua “consciência de si como artista” e, por fim da evolução do público de arte.

Segundo Sandra Guardini T. Vasconcelos em “Rumos da Crítica”,

Inspirado pelos mestres Antonio Candido e Angel Rama e seguindo-lhes as trilhas no que diz respeito à fundamental articulação entre escritor, obra e público na constituição de um sistema literário, Leenhardt parece propor o que poderíamos denominar por assim dizer, um sistema crítico, constituído ele também pela triangulação entre crítico, objetos culturais e público. Essa formulação parte do pressuposto de que assumindo o papel de mediador entre obra e leitor, cabe ao crítico a tarefa de informar e formar o público.

Nossa cultura também classifica uma obra artística pelos locais onde ela se manifesta, esses locais como museus, galerias, teatros, cinemas, livros, enfim, enobrece e valoriza a obra dando-lhe assim um estatuto de arte a um objeto. As instituições críticas possuem uma articulação da arte permitindo dessa forma a manifestação do objeto artístico para com o público que abrange novas perspectivas buscando aliar o pensamento com a sensibilidade, com isso, o público tem esse meio cultural como meio intermediador da arte, pois é ele que a apresenta para a sociedade.

O que é fácil de entender e difícil de aprender é que o fato de um objeto estar exposto num local próprio de exposição não o qualifica como melhor que outro objeto, o que determina essa qualidade na sociedade é o maior acesso ao público em (re) conhecê-lo e isso faz com que crie uma hierarquia dos objetos artísticos.

Gerd Bornheim no livro “Rumos da Crítica” faz uma observação a respeito da arte ligando-a a estética sobre a reação do sujeito com o objeto,

... a autonomia divina põe-se em retirada, e aos poucos são as realidades de sujeito e objeto que passam a ocupar todas as delimitações em que se constrói a verdade. A observação é importante porque mostra que a arte e a estética pertencem a coordenadas bem mais amplas do que as de suas próprias peculiaridades. E mostra também que, abandonada a velha imitação, só restam dois caminhos para o desenvolvimento subseqüente da arte e da estética: o do sujeito e do objeto, tudo em obediência à trama que compõe o testamento da verdade... por um lado topamos com muita arte calcada na presença do objeto, que se mostra já na despretensão da natureza-morta, mas que alcançará as grandes dimensões do painel histórico; e, por outro, a arte derivada da agora forte presença do sujeito, e, com isso, a arte inaugura a estética da expressão.

No período da arte do dadaísmo, por volta de 1915, Marcel Duchamp assume uma atitude antiarte, característica desse período, rompendo o conceito de arte dada às pessoas. Buscando alguns modos de expressão, Duchamp se manifesta com o Ready-Made apropriando-se de objetos que já estão feitos, como foi o caso de um mictório de louça, de uma pá, de uma roda, de uma bicicleta. Com a exposição desses objetos, Duchamp teve uma atitude provocativa, pois fez o uso de objetos de uso comum e privado como arte mudando assim o modo de pensar de muitas pessoas, pois ele mudou o conceito de arte. “Para Duchamp, ser artista não era simplesmente produzir pinturas ou esculturas pelo uso de uma técnica dominada, uma maestria, e sim revelar o novo, a inesperado, o inabitual”. (Ronaldo Carneiro Leão)

Marcel Duchamp ao expor um aparelho sanitário de louça, tal qual aos que existem em todos os mictórios masculinos, contestou a diferença entre “pensamento como domínio do lógico e arte como domínio do sensível” propondo um convívio do cotidiano com o imaginário apreciado, pois esse objeto não corresponde a arte subtendida na nossa cultura. Na expressão de Walter Benjamin há uma certa semelhança ao que foi dito anteriormente, “um empreendimento crítico a respeito daquilo que se estabelecerá sempre e espontaneamente como figura normativa do belo”, Duchamp não busca o belo e nem que o público aprove sua arte, mas busca uma reação do público ao se deparar a ela.

Ao apresentar em uma exposição objetos industriais como “objetos de arte”, Marcel Duchamp questiona o conceito de arte dado pela nossa sociedade cultural. A arte de Duchamp não foi o mictório, mas o que o mictório exposto numa galeria fez com o pensamento alienado das pessoas. Tanto que não foi por acaso que Duchamp afirmaria mais tarde que “será arte tudo o que eu disser que é arte”. Nossa cultura faz com que as pessoas tenham padrões de comportamento coletivo característico da sociedade, então essas pessoas vão a uma exposição para ver quadros de Monet, Picasso, Michelangelo ou que vão a um teatro assistir a uma peça dos “The Cats” ou para ouvir Beethoven, e mesmo sem existir um conceito apropriado para arte, saber identificá-las é algo comum a todos, pois o mínimo de conhecimento e de contato com ela faz com que todos conheçam algumas obras mais comuns como Mona Lisa e a Nona Sinfonia, cada um da sua forma e com seu valor agregado, mas que levam ao mesmo sentido.

Marcel Duchamp não quis mudar o pensamento da sociedade para considerar o aparelho sanitário como obra de arte e intitulá-lo como “Arte Moderna”, mas quis mudar o pensamento normativo das pessoas modificando a relação simbólica com a natureza e com o crescente distanciamento entre o homem e o mundo natural levando-as a obter uma forma de visão do objeto diferente do real, diferente do objeto pelo objeto, para começar a perceber o que está além daquilo. Além disso, Duchamp faz um questionamento do porque a arte tem que estar exposta em um meio midiático e porque ela deve ser reconhecida por críticos para ser considerada arte.

Em um dado momento da sua carreira de pintor, Duchamp disse uma frase que demonstra bem seu interesse e sua concepção dos objetivos: “Até aqui cheguei e já não pinto mais. Não é por rebeldia e sim por algo muito mais difícil de reconhecer: já não tenho idéias”, Duchamp dava uma verdadeira importância a cada objeto e ao que ele via e sentia em cada objeto. O importante não era pintar. O importante era inovar.

É prudente finalizar um reflexo sobre o que é arte na cultura contemporânea com um texto de Ronaldo Carneiro Leão.

Embora a maior parte das pessoas que se destacam em alguma coisa sejam pessoas inteligentes, e isso acontece também no mundo das artes plásticas, a verdade é que o artista nem sempre precisa ser inteligente. A arte não depende disso. Também não depende disso. Também não depende de cultura. A mesma coisa vale para quem gosta de arte ou das cosas que se dizem ser artísticas. Não é preciso compreender ou explicar, não faz sentido perseguir a mensagem que está contida na obra de arte. Às vezes não há mensagem alguma e o artista, em nenhum momento teve a pretensão de modificar o mundo ou o seu ambiente. Ele apenas sentiu e agiu. E criou arte. Cabe a cada um uma participação profundamente importante: classificar no departamento das coisas que cada um gosta ou das coisas que não gosta, com todas as graduações possíveis.



Bibliografia:

o VASCONCELOS, Sandra; RIBEIRO, Renato; AGUIAR, Flávio; PRIOLLI, Gabriel; BACCEGA, Maria Aparecida; MACHADO, Arlindo. “Rumos da Crítica”: In: MARTINS, Maria Helena (org). São Paulo, Editora Senac, 2000.
o COLI, Jorge. “O que é Arte”. São Paulo, Editora Brasiliense, 1995.
o LEENHARDT, Jacques. “Duchamp, crítica da razão visual”: In: NOVAES, Auto (org). Antepensamento. São Paulo, Companhia das Letras, 1994.
o FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. “O Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa”. São Paulo, Segunda Edição.
o Site: www.portaldaeducacao.com.br/portal/showcontent.asp?l=15&L=5
o Site: www.renascimento.clio.pro.br/buonarroti.htm


Fonte: www.artigos.com

Enviado por: brunohcs

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